Natureza como sujeito de direito: uma leitura jurídica entre o Antropoceno e o Ecoceno

Autores

  • Bárbara Barcelos Araújo UFU
  • Vitor Marçal Mendes UFU

Palavras-chave:

Antropoceno, Ecoceno, Sujeito de direitos, Direitos da natureza

Resumo

O advento do conceito de antropoceno foi acompanhado de mudanças significativas em diversas camadas do planeta Terra. A ação humana sobre os recursos naturais alterou de forma significativa a geologia, a atmosfera, os oceanos e os ecossistemas, favorecendo as mudanças climáticas, alterações severas na biodiversidade.

Biografia do Autor

Bárbara Barcelos Araújo, UFU

Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

Vitor Marçal Mendes, UFU

Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

Referências

BARROS, Pâmella Santos de; PAULA, Taísa Cintra Dosso de. O ecocentrismo como novo paradigma ético-jurídico para o tratamento da questão ambiental no Brasil. Veredas do Direito, Belo Horizonte, v. 14, n. 29, p. 203, jan./jun. 2017.

BENJAMIN, Antônio Herman de Vasconcellos e. Os direitos da natureza: a emergência de um novo paradigma. In: MILARÉ, Édis (Org.). Direito do ambiente: a proteção jurí-dica do meio ambiente. 7. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2011. p. 73–98.

BETANCUR MORALES, Manuela. Deconstruyendo y decolonizando el derecho internacio-nal público. Revista Ratio Juris, v. 16, n. 32, p. 273-289, 2021.

BOEHNERT, Joanna. Design, Ecology, Politics: Towards the Ecocene. London: Blooms-bury Academic, 2018. p. 69.

BOLÍVIA. Constituição (2009). Constitución Política del Estado. Promulgada em 7 de fe-vereiro de 2009.

BONNEUIL, Christophe; FRESSOZ, Jean-Baptiste. O evento Antropoceno: a Terra, a his-tória e nós. Tradução de Marcela Vieira. São Paulo: Editora 34 : Editora da Unicamp, 2022.

BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidência da República, [2024].

COLÔMBIA. Corte Constitucional. Sentença T-622 de 2016. Magistrado Ponente: Jorge Iván Palacio Palacio. Bogotá, D.C., 10 de novembro de 2016.

CRUTZEN, Paul J.; STOERMER, Eugene F.; STEFFEN, Will. The “Anthropocene”. In: ROBIN, Libby; SÖRLIN, Sverker; WARDE, Paul (org.). The Future of Nature: Doc-uments of Global Change. New Haven: Yale University Press, 2013. p. 478-485.

DEBAISE, D. Nature as Event. Durham: Duke University Press, 2017a.

EQUADOR. Constitución de la República del Ecuador. [Montecristi], 2008. Publicada no Registro Oficial nº 449, de 20 de outubro de 2008. Art. 71. Tradução livre.

GUDYNAS, Eduardo. Derechos de la naturaleza: ética biocéntrica y políticas ambienta-les. Quito: Abya Yala, 2015.

GUDYNAS, Eduardo. O novo extrativismo progressista na América do Sul: teses sobre um velho problema sob novas expressões. In: Cidades, redes e regiões: os novos desafios para o desenvolvimento. São Paulo: Editora da Unesp, 2011. p. 112.

HARAWAY, Donna. Staying with the Trouble: Anthropocene, Capitalocene, Chthulucene. In: MOORE, Jason W. (ed.). Anthropocene or Capitalocene? Nature, History, and the Crisis of Capitalism. Oakland: PM Press, 2016. p. 41

LATOUR, Bruno. Diante de Gaia: Oito Conferências sobre a Natureza no Antropoceno. Tradução de Carlos Irineu da Costa. São Paulo: Editora Ubu, 2020.

LEFF, Enrique. A aposta pela vida: imaginação sociológica e racionalidade ambiental. Petrópolis: Vozes, 2018.

LEOPOLD, Aldo. A Sand County Almanac. [1949]. Oxford: Oxford University Press, 2001. LOVELOCK, James. Gaia: Um novo olhar sobre a vida na Terra. Tradução de Ma-ria Luiza X. de A. Borges. São Paulo: Cultrix, 2006.

MILARÉ, Édis. Direito do ambiente: a proteção jurídica do meio ambiente. 12. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2015.

MORAES, Germana de Oliveira. O constitucionalismo ecocêntrico na América Latina, o Bem Viver e a nova visão das águas. Revista Internacional Interdisciplinar INTER-thesis, Florianópolis, v. 9, n. 1, p. 52, jan./jul. 2012.

MORIN, Edgar. O Método 6: Ética. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2011, p. 135-145. SAR-LET, Ingo Wolfgang; FERNSTERSEIFER, Tiago. Direito constitucional ambiental: constituição, direitos fundamentais e proteção do ambiente. 5. ed. São Paulo: Re-vista dos Tribunais, 2017, p. 62.

SILVA, Mariah Tozato; SOUSA, Ingrid de. El Buen Vivir y su (im)probable aplicación en Brasil. Nóesis: Revista de Ciencias Sociales y Humanidades, v. 21, n. 41, p. 49, ene./jun. 2012.

SÍLVIA CAPPELLI. IN DUBIO PRO NATURA. Revista do Ministério Público do Rio Grande do Sul , v. 1, n. 89, p. 111-136, 14 set. 2022.

SOUZA, Lucas Gonçalves de; GABRIEL, Geovana Quinalha. Ecocídio: o reconhecimento do ecocídio como quinto crime de competência do Tribunal Penal Internacional à luz do ecocentrismo. Research, Society and Development, v. 11, n. 10, p. 3, 2022.

SZTUTMAN, Renato. O pensamento especulativo não é abstração: é alternativa para resistir ao Antropoceno. IHU Online. Disponível em: https://www.ihu.unisinos.br. Acesso em: 13 jun. 2025.

TĂNĂSESCU, Mihnea. Ecocene Politics. Cambridge: Open Book Publishers, 2022.

TEIXEIRA, Marcos Wagner Alves. A natureza como sujeito de direitos no Sistema Inte-ramericano de Direitos Humanos. 2023. 105 f. Dissertação (Mestrado em Direito) – Instituto de Ciências Jurídicas, Universidade Federal do Pará, Belém, 2023.:

VILLARREAL, Pastor, E. H. Los derechos de la naturaleza en América Latina: una propues-ta de sistematización. Estudios constitucionales, v. 21, n. 1, p. 414, 2023.

ZAFFARONI, Eugenio Raúl. La Pachamama y el humano. Buenos Aires: Ediciones Ma-dres de Plaza de Mayo, 2011. p. 23.

Downloads

Publicado

2025-11-05

Como Citar

Araújo, B. B., & Mendes, V. M. (2025). Natureza como sujeito de direito: uma leitura jurídica entre o Antropoceno e o Ecoceno. Global Crossings, 2(2), 355–366. Recuperado de https://www.globalcrossings.com.br/revista/index.php/gc/article/view/168

Edição

Seção

II Seminário da Clínica Humanitas. Saúde global e meio ambiente