Sistema europeu comum de asilo: conceitos básicos e enquadramento legal aplicável

Autores

  • Fátima Pacheco Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto (ISCAP)

DOI:

https://doi.org/10.69818/gc.v2.n2.513-523.2025

Palavras-chave:

refugiados, proteção subsidiária, asilo, afastamento

Resumo

A União Europeia pauta a sua conduta pelos valores e princípios consagrados no artigo 2.º do Tratado da União Europeia (TUE). Estes valores incluem o respeito pela dignidade humana, as liberdades fundamentais, o Estado de direito e a universalidade dos direitos humanos, a igualdade, a solidariedade e a não discriminação, bem como o respeito pelos princípios da Carta das Nações Unidas e do Direito Internacional, revelando uma União empenhada na promoção e defesa do universalismo dos direitos humanos.

Biografia do Autor

Fátima Pacheco, Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto (ISCAP)

Doutora em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa; Mestre e Pós-graduada em Relações Internacionais, Estudos Europeus, Justiça Europeia dos Direitos do Homem; Direito do Mar; Vários cursos de especialização em Direito da União Europeia; Professora Adjunta no ISCAP (Politécnico do Porto); Investigadora do JusGov(Faculdade de Direito da Universidade do Minho), onde integra o grupo de Direitos Humanos, membro colaborador do CEI e do CEOS (ISCAP). Pertença a vários grupos de investigação. Autora de vários livros e artigos científicos. Revisora de revistas científicas.

Referências

DE SCHUTER, Olivier. Prouvez la discrimination, ERA Forum – Journal of the Academy of European Law, 2003, n.º 3, p. 46. DOI: https://doi.org/10.1007/s12027-003-0016-z

HEPPLE, Bob. – Equality: The new legal Framework, Oxford: Hart Publishing, 2011, p. 54;

MESTRE, Bruno. Direito Antidiscriminatório – uma perspectiva europeia e comparada, Vida Económica, p.14-15;

NAVARRO, A. B. (2022). Origen Y Fundamentaos del Princípio de Non-Refoulement en el marco del Derecho International de las personas refugiadas. Aranzadi.

HEPPLE, Bob. – Equality: The new legal Framework, Oxford: Hart Publishing, 2011,

GIL, Ana Rita. Direito Internacional dos Refugiados – Tópicos de Mudança. In GIL, Ana Rita. Estudos sobre Direito da Imigração e do Asilo Lisboa: Petrony, 2021.

GIL, Ana Rita. Deve distinguir-se entre Refugiado e Imigrante? In BELEZA, T. P., SILVA, C. N., GIL, Ana Rita, OLIVEIRA, E. (Orgs.). Olhares sobre as Migrações, a Cidadania e os Direitos Humanos na história e no século XXI. Lisboa: Petrony Editora, 2020, pp. 69-

Nações Unidas (1951). Convenção Relativa ao Estatuto dos Refugiados. Série Tratados da ONU, Nº 2545, Vol. 189, p. 137.V. http://www.unhcr.org/1951-refugee-convention.html

Nações Unidas (1967). Protocolo de Nova Iorque, de 31 de janeiro de 1967, adicional à Convenção Relativa ao Estatuto dos Refugiados, concluída em Genebra, em julho de 1951.https://dcjri.ministeriopublico.pt//sites/default/files/documentos/instrumentos/protocolo_ad_convencao_estatuto_refugiados.pdf

OLIVEIRA, S, Direito de Asilo. In GOUVEIA, J. Bacelar. (Ed.). in Dicionário jurídico da administração pública, 3.º suplemento Lisboa: 2007.

OLIVEIRA, S. O Direito de Asilo na Constituição Portuguesa Coimbra: Coimbra Editora, 2009.

PACHECO, F. & SOARES, A. (2019). “Entre o reconhecimento mútuo e os direitos fundamentais: as respostas recentes do Tribunal de Justiça da União europeia quanto à inexecução facultativa do Mandado de Detenção Europeu- Um novo e atribulado caminho na cooperação internacional?”. Revista Julgar, n.º 39.

PACHECO, F (2023a). “Os Passageiros da Esperança: algumas considerações sobre o estatuto de refugiado e outras respostas para os indivíduos que buscam asilo”. E-REI – E-Revista de Estudos Interculturais, n.º 11, 7-9. https://doi.org/10.34630/e-rei.vi11.5325

PACHECO, F. (2024a). “A aplicação do princípio do non-refoulement quando estão em causa problemas graves de saúde de nacionais de países terceiros – um breve percurso sobre a jurisprudência do TEDH e do TJUE”. In A. Gonçalves (Coord.), Anuário de Direitos Humanos N.º 5. JUSGOV Centro de Investigação Interdisciplinar em Direitos Humanos - EDUM Escola de Direito da Universidade do Minho- Universidade do Minho.

PACHECO, F. (2025b). Falta de tratamento médico nos países de origem como motivo para o não retorno de pacientes que necessitam de proteção internacional. Revista Europeia de Inovação Pública e Social, Vol. 10, 1–20. https://doi.org/10.31637/epsir-2025-1274. DOI: https://doi.org/10.31637/epsir-2025-1274

PACHECO, F. (2024c) Ecos do princípio da igualdade de género na União Europeia: enquadramento teórico e utilização jurisprudencial em especial no caso do Direito de Asilo”. In M. Martinez de Campos, D. R. Alves, E. Dias Costa, & F. Castro Moreira. Editorial RJP nº 36 – Direito Transnacional. RJP, 1–6. https://doi.org/10.34625/issn.2183-2705(36)2024.ed

Diretiva 2011/95/UE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 13 de dezembro de 2011. Jornal Oficial da União Europeia L 337. Serviço das Publicações da União Europeia, pp. 9-26. https://eur-lex.europa.eu/legal-content/PT/TXT/?uri=CELEX%3A32011L0095

RODRIGUES, J. N., Instituto de Asilo, Antiguidade, Contemporaneidade e o Futuro – política de asilo na União Europeia. Lisboa: AAFDL, 2022, p. 75 e doutrina lá referida.

SUDRE, F. (2008). Droit Européen et International des Drots de L´Homme, 9. ème Edition. Classiques, Puf, 599-606.

Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, Caso Soering c. Reino Unido [1989]

Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, Caso 30696/09 MSS c. Bélgica e Grécia [2011

Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, Caso Chahal c. Reino Unido (Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, 1996b),

Tribunal Europeu dos Direitos do Homem (2014). Acórdão de 4 de novembro de 2014, Tarakhel c. Suíça, processo 29217/12. https://hudoc.echr.coe.int/fre?i=001-148070

Tribunal Europeu dos Direitos do Homem (1991). Acórdão de 30 de outubro de 1991, Vilvarajah c. Reino Unido, processos nº. 13163/87; 13164/87; 13165/87; 13447/87; 13448/87. https://hudoc.echr.coe.int/fre?i=001-57713

Tribunal de Justiça da União Europeia (2012). Acórdão de 5 de setembro de 2012, Bundesrepublik Deutschland contra Y e Z, C-71/11 e C-99/11, ECLI:EU:C:2012:518. https://eur-lex.europa.eu/legal-content/pt/TXT/?uri=CELEX:62011CJ0071

Tribunal de Justiça da União Europeia (2009a). Acórdão de 17 de fevereiro de 2009 (Grande Secção), Meki Elgafaji e Noor Elgafaji contra Staatssecretaris van Justitie, C-465/07, ECLI:EU:C:2009:94. https://eur-lex.europa.eu/legal-content/PT/TXT/?uri=CELEX%3A62007CJ0465

Tribunal de Justiça da União Europeia (2023). Acórdão de 23 de novembro de 2023 (Segunda Secção), XXX contra Commissaire général aux réfugiés et aux apatrides, C-374/22, ECLI:EU:C:2023:902. https://eur-lex.europa.eu/legal-content/pt/TXT/?uri=CELEX:62022CJ0374

Tribunal de Justiça da União Europeia (2016). Acórdão de 5 de abril de 2016 (Grande Secção), Aranyosi e Căldăraru, C‑404/15 e C‑659/15 PPU, EU:C:2016:198, n.ºs 85 e 87. https://eur-lex.europa.eu/legal-content/pt/TXT/?uri=CELEX:62015CJ0404

Acórdão do Tribunal de Justiça (Grande Secção) de 5 de setembro de 2012, Bundesrepublik Deutschland contra Y e Z., Bundesrepublik Deutschland. C-71/11 e C-99/11. ECLI:EU:C:2012:518. https://eur-lex.europa.eu/legal-content/pt/TXT/?uri=CELEX:62011CJ0071

Downloads

Publicado

2025-11-05

Como Citar

Pacheco, F. (2025). Sistema europeu comum de asilo: conceitos básicos e enquadramento legal aplicável. Global Crossings, 2(2), 513–523. https://doi.org/10.69818/gc.v2.n2.513-523.2025

Edição

Seção

III Mostra do Projeto Global Crossings. Travessias globais. Os interesses da humanidade entre passado, presente e futuro